América Latina
Visando fazer uma análise sobre as relações de poder na América e as disputas com os Estados hegemônicos. O trabalho foi baseado no artigo “Nabuco e o Brasil entre Europa, Estados Unidos e América Latina” de Leslie Bethell e busca mostrar as relações de poder na América Latina e as transformações das relações internacionais do Brasil imperial ao Brasil republicano através da visão de Joaquim Nabuco que aos 26 anos iniciou a carreira diplomática e visitou vários países.
Nabuco no início acreditava na superioridade européia e segundo Bethel como a maioria dos escritores e intelectuais brasileiros, não se identificava com a outra América, a América Espanhola ou América Latina
A descolonização da América e a formação dos Estados nacionais latino-americanos foram possíveis graças ao rompimento do sistema colonial, liderados por setores dominantes insatisfeitos com a impossibilidade de desfrutarem as vantagens concedidas pelo desenvolvimento do capitalismo no século XIX. Com exceção do México, que passou por um curto período de regime monárquico, todos os países da América espanhola constituíram-se em repúblicas.
A chamada elite criolla, nascida na América espanhola, promoveu o processo de independência, e acabou se constituindo como a classe dominante, mas não demonstrava nenhum interesse em romper com a ordem vigente. O projeto de independência não pretendia discutir questões ligadas à liberdade e a igualdade. A proposta era apenas consolidar o poder da elite local na política econômica latino-americana. E em nome da emancipação, acionou-se a ideologia liberal importada da Europa para o combate aos obstáculos mercantilistas.
Os membros da aristocracia colonial almejavam maior liberdade no comércio externo, sem a interferência da metrópole. Eles incorporavam a defesa do liberalismo e até exaltavam os mais