Especiarias
Em defesa da comida um manifesto. “Não coma nada que a sua avó não reconheceria como alimento” (POLLAN, Michael) O autor do livro defende que a comida é ligada ao prazer, à comunidade, à família e à espiritualidade. É com a comida que nós nos conectamos a natureza e expressamos aquilo que nós somos. Desde os tempos antigos alimentar-se apenas pela necessidade biológica deixou de ser assim para comermos em conjunto. Até que os nutricionistas apareceram na década de 80 transformando o peixe em Omega-3, laranja em vitamina C e pão de centeio em fibras. Deixamos de comer a comida da nossa avó para nos alimentar “certo” de acordo com os nutricionistas. Com isso o prazer e a espiritualidade são totalmente destruídos. Pollan conta que este movimento criou um comportamento chamado “ortorexis”, ou seja, em grego orto significa ‘certo’, e orexia, ‘apetite’. Vários nomes apareceram como colesterol e gordura saturada e o consumidor do senso comum passou a achar que precisa desses profissionais para saber comer. O livro em si é dividido em três partes a primeira que é a “Era do Nutricionismo” quando nós consumidores deixamos eles (nutricionistas e médicos) entrar no nosso universo e enfiar um monte de siglas e miligramas que fazem a gente achar que comemos bem. A “Era lipitor”, que nessa época os números de hemodiálises cresceram no país. Para se ter ideia, epidemiologistas americanos notaram que, nos tempos em que o país passou por guerras e as carnes e laticínios foram racionados, morreu-se bem menos do coração do que em outras épocas. O Autor também cita a ilha de Okinawa localizada no Japão, aonde as pessoas comem até ficarem 80% satisfeitas, essa cultura se chama “HaraHachiBu”. Na terceira parte do livro, “Superando o Nutricionismo” Pollan ensina como comer baseado na história, tradição e cultura. Ele nos ensina como fugir do xarope de milho com alto teor de frutose (frase repetida inúmeras vezes no livro) e ele lembra q sempre temos a opção de