escravos
Quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
O tráfico de pessoas gera R$ 32 bilhões por ano e o estado de Mato Grosso é rota internacional para traficantes de trabalhadores, segundo levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), apresentado no I Seminário Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, realizado em Cuiabá. “O crime de tráfico de pessoas é um dos mais rentáveis do mundo, ao lado do tráfico de drogas e de armas”, detalha o coordenador de projetos de combate ao trabalho focado no tráfico de pessoas da OIT, Luiz Machado.
A entidade admite a dificuldade em juntar dados precisos, mas estima que os bolivianos e os nordestinos sejam as maiores vítimas dos criminosos. O destino das pessoas traficadas no País, na maioria das vezes, é o Estado de São Paulo, onde há cerca de 350 mil pessoas da Bolívia em situação de trabalhos forçados.
Mato Grosso é rota de tráfico internacional de trabalhadores
A localização de Mato Grosso é estratégica para os criminosos, mas os agentes de segurança pública não são treinados para identificar possíveis vítimas dos traficantes. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, 65 municípios do Estado são vulneráveis para a atividade ilegal.
“Às vezes o tráfico [de pessoas] está ali presente, mas ele [agente] está focado no tráfico de entorpecente. Devido a grande gama de atribuições o policial precisa escolher o que enfrentar”, explica Weller Sanny Rodrigues da Silva, da Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso.
Dados da OIT apontam que 98% das vítimas do tráfico sexual são mulheres e meninas. Na estimativa da organização, 20 milhões e 900 mil pessoas no mundo são traficadas para o trabalho forçado.
A aplicação do Plano Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Mato Grosso foi cobrado pelo promotor do Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso Mauro Curvo na última quarta-feira (28), durante o I Seminário