escravos
Para alimentar a fileira de escravos africanos a serem embarcados, os traficantes brasileiros e europeus contavam com as constantes guerras entre povos vizinhos, como as que ocorriam entre os jejes do Daomé e os iorubás do reino de Oyó. Quem vencia, capturava e vendia os inimigos. Mas qual a razão de tanta briga? Para entender melhor tudo isso, procuramos o historiador e professor Valdemir Zamparoni, que morou alguns anos em Moçambique. Especialista em História da África, Zamparoni nos deu a seguinte resposta:
Os africanos são humanos, como qualquer pessoa. Há os desejosos de poder e as vítimas do poder. Quando um Estado traficava membros do outro, traficava um inimigo. Eles não se viam como iguais.
Os comerciantes José, Joaquim e Antonio estavam entre os homens mais ricos da Bahia no século XIX. De José de Cerqueira Lima, conta-se que o seu palácio no bairro da Vitória era a residência mais luxuosa de todo o estado, tanto que emprestou seus móveis incrustados de marfim e pratarias para mobiliar o Palácio do Governo quando Dom Pedro II visitou Salvador. Cada dia mais rico, Joaquim Pereira Marinho recebeu da corte títulos de barão, visconde e conde. Membro