escravos

1532 palavras 7 páginas
Na África antiga, uma vida humana podia ser trocada por um punhado de conchas ou alguns litros de aguardente ou uns sacos de tabaco ou alguns metros de tecido ou uma dúzia de braceletes. Havia outras moedas de troca, mas a mais valiosa de todas, sem dúvida, era a arma de fogo. Armas que garantiam o poder militar, político e econômico de um grupo sobre outro, sustentaram infinitas guerras e, assim, geraram batalhões de prisioneiros que vieram povoar e construir a América. As viagens eram feitas em tenebrosos navios negreiros, com centenas pessoas empilhadas em porões fétidos, recebendo cotas mínimas de água e alimento, apenas o suficiente para não morrer1. A primeira condição para ser escravo era vir de longe, ser considerado um estrangeiro, ainda que essa distância não fosse maior que alguns quilômetros.

Para alimentar a fileira de escravos africanos a serem embarcados, os traficantes brasileiros e europeus contavam com as constantes guerras entre povos vizinhos, como as que ocorriam entre os jejes do Daomé e os iorubás do reino de Oyó. Quem vencia, capturava e vendia os inimigos. Mas qual a razão de tanta briga? Para entender melhor tudo isso, procuramos o historiador e professor Valdemir Zamparoni, que morou alguns anos em Moçambique. Especialista em História da África, Zamparoni nos deu a seguinte resposta:

Os africanos são humanos, como qualquer pessoa. Há os desejosos de poder e as vítimas do poder. Quando um Estado traficava membros do outro, traficava um inimigo. Eles não se viam como iguais.

Os comerciantes José, Joaquim e Antonio estavam entre os homens mais ricos da Bahia no século XIX. De José de Cerqueira Lima, conta-se que o seu palácio no bairro da Vitória era a residência mais luxuosa de todo o estado, tanto que emprestou seus móveis incrustados de marfim e pratarias para mobiliar o Palácio do Governo quando Dom Pedro II visitou Salvador. Cada dia mais rico, Joaquim Pereira Marinho recebeu da corte títulos de barão, visconde e conde. Membro

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