UMA POÉTICA DA ERRÂNCIA: SIMULACROS EM MORANGOS MOFADOS

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UMA POÉTICA DA ERRÂNCIA: SIMULACROS EM MORANGOS MOFADOS

Fábio Rodrigo Barbosa da Silva 1
RESUMO: Este artigo apresenta uma leitura da obra Morangos mofados do escritor
Caio Fernando Abreu. Apontando para ideias de uma literatura como potência do simulacro em oposição às ideias de uma literatura de representação. Como aporte teórico, usaremos as ideias de Jean Baudrillard em Simulacros e simulação e as reflexões de Deleuze sobre Simulacro e filosofia antiga.

PALAVRAS-CHAVE: Representação. Simulacros. Morangos mofados.

RESUMEN: Este artículo es una lectura de la obra Morangos mofados del escritor
Caio Fernando Abreu. Señalando las ideas de la una literatura como potencia del simulacro en oposición a las ideas de una literatura de representación. Como suporte teórico, vamos a utilizar las ideas de Jean Baudrillard en Simulacros y simulación y reflexiones de Deleuze sobre Simulacros y filosofía antigua.

PALABRAS CLAVE: Representación. Simulacros. Morangos mofados,

Desde a antiguidade, a civilização ocidental foi pautada pelo ideal de uma razão superior, e pretendia a realização de um projeto humano linearmente progressivo. Sempre houve a ideia de uma civilização que atingisse uma perfeição, ou um estado elevado de existência, que permitisse ao homem conduzir o devir.
Para que isso acontecesse, os indivíduos de uma sociedade deveriam imitar os modelos, espelhar o arquétipo.

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Mestrando em Literatura comparada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. E-mail: [e-mail] 2

Era preciso deter a animalidade e a irracionalidade do humano para se atingir a essência humana. A imaginação e o desejo individual precisavam ser funcionais e em nome de uma existência produtiva e coletiva. Aquele que não espelhasse um modelo a ser seguido na divisão hierárquica da sociedade, estava fadado ao fracasso, ao não-espaço social.
O mito de uma origem ideal para cada coisa sustenta-se, segundo Baudrillard
(1991, p.18),