Escravidão Indigena

Escravidão Indígena na Colônia Douglas França Aires Este artigo se propõe a problematizar a escravidão indígena no interior do Brasil Colonial, tendo em vista as evidências de ruptura e continuidade desse processo em relação aos dias de hoje. O historiador tem como papel o estudo do passado com o olhar do presente, buscando na história as respostas para as questões contemporâneas. Assim sendo não podemos nos esquecer que ainda hoje em diversas regiões brasileiras, mas principalmente no Centro Oeste de nosso país, a exploração da mão-de-obra indígena é uma realidade de diversas populações, tornando o estudo das origens dessas relações exploratórias de grande importância. Podemos até mesmo considerar que as classes dominantes mantém com as populações nativas uma relação de cunho colonial até os dias atuais, considerando que o processo de expropriação de terras e exploração do trabalho se iniciou no período colonial e se desdobra com nuances distintas até o presente. Estabelecer de que forma se deu essa inserção do indígena nas estruturas da colônia portuguesa é fundamental para a compreensão da nossa realidade atual. A principal forma de escravização indígena se deu pela captura e apresamento forçados, evidenciando o caráter básico da mentalidade colonial em relação aos nativos, calcado em um modelo econômico dos primeiros séculos de colonização onde a atividade sertanista constituia-se como uma das mais rentáveis aos colonizadores, se faz necessário o entendimento da mentalidade escravista que justificava essa prática. Assim evidencia-se de que modo se deu a exploração do trabalho indígena, sem esquecer em nossa análise de consider o indígena como sujeito histórico atuante na sua realidade. Nas origens da formação econômica e social da América Portuguesa podemos considerar que essencialmente nossas estruturas vinham a atender as demandas de gêneros passíveis de exportação ao mercado europeu, assim foi com o açucar, o tabaco, o ouro, o