escravidao indigena no Brasil

Quando se fala de escravidão no Brasil o que nos vem à mente é a escravidão africana a qual se difundiu de fato no país, mais vale ressaltar que ela não foi a única, pois a primeira forma de escravidão foi a dos nativos (indígenas) conhecida também como escravidão vermelha, que teve seu inicio em 1530 e não em 1500 como muitos pensam, a mesma teve seu auge no período inicial da colonização, entre os anos de 1540 e 1580. Entre 1500 e 1530 no período conhecido como pré-colonial, a relação existente entre nativos e lusitanos era “amigável” e a relação de trabalho se dava através do escambo, existia por sua vez uma troca na qual os portugueses ofereciam objetos como machados foices, espelhos, cordas, agulhas entre outros em troca de produtos da nova terra e do trabalho principalmente no corte e transporte de pau-brasil (extrativismo) tal relação favorecia ambos os lados que tinham seus interesses supridos. Os portugueses não se estalaram de fato no território apenas faziam tais trocas e retornavam a Portugal até mesmo pelo fato de que naquele momento essa não era a prioridade portuguesa mais sim as suas grandes navegações e comércio de especiarias das índias.
Mas em 1530 com o inicio do período colonial e instalação da produção açucareira no Brasil surgiu à necessidade de mão de-obra a qual “aceitasse” as condições duras de trabalho nas plantações e no engenho o qual o europeu se negava. Assim os nativos começaram por sua vez a serem escravizados. Não podemos deixar de lado o fato de que no território brasileiro existiam cerca de 600 mil nativos só na área litorâneas, sobretudo tupinambás (tupis-guaranis) os quais viviam em tribos e da coleta, caça, pesca e agricultura, possuíam também uma estrutura, divisão de trabalho, atividade econômica e suas próprias crenças. Os primeiros cativos a sere m escravizados foram vendidos pelos próprios índios, pois eram prisioneiros de outras tribos capturados em conflitos, conhecidos como índios de corda.