Escolas hermenêuticas
Porto Velho – RO, Abril de 2014.
Hermenêutica romântica de Schleiermacher.
No século 19, alguns teóricos alemães da escola histórica passaram a utilizar à hermenêutica como método de interpretação de fatos históricos, período este que ficou conhecido como hermenêutica romântica (Hamlin, 2014). Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher faz parte deste período, nasceu em Breslau, em 1768. Foi professor em Halle e Berlim, onde faleceu em 1831. As suas obras principais, em ordem cronológica, são: Discursos sobre a Religião; Monólogos; Crítica das Doutrinas; A Fé Cristã. (MADJAROF, 2000).
Schleiermacher almejava ampliar o campo de atuação da hermenêutica que antes era utilizada somente para interpretar aos textos clássicos e bíblicos, desejava que se ultrapassasse o campo literário e chegasse a fala, conforme expõe Yazbek (2010).
Schleiermacher, ao contrário, já não buscará a unidade da hermenêutica na unidade de conteúdo da tradição, mas sim na unidade de um procedimento que nem sequer é diferenciado pelo modo como as ideias foram transmitidas – se por escrito ou oralmente, se numa língua estranha ou na própria. Em outros termos: Schleiermacher foi o primeiro a acentuar a genuína dimensão filosófica da hermenêutica na medida em que salientou o problema da correta compreensão e interpretação não somente para os textos da tradição escrita, mas, sobretudo, em direção à ampliação da tarefa hermenêutica para todas as formas de comunicação, em especial o diálogo vivo. (YAZBEK, p.5 , 2010)
Neste período se abandona a analise somente do aspecto metodológico acrescentando o aspecto cognitivo como objeto da interpretação seja no aspecto jurídico, bíblico ou filosófico. Permitindo-se subjetividade transcendental característico do romantismo, analisando a relação entre o falar e o pensar. Segundo Silva (2014) é quando entra em sena a interpretação psicológica complementando a interpretação gramatical