Escola Inglesa
A Escola Inglesa de pensamento sobre as cidades se destacam por seu pragmatismo e utilitarismo. Thomas Morus, Ebenezer Howard, Patrick Geddes, Raymond Unwin e Petter Hall são os maiores representantes. Viram na ‘cidade-jardim’ a forma urbana adequada para resolver boa parte dos problemas urbanos e com elas antecipavam uma preocupação ecológica e social que fez escola na Inglaterra e Europa.
Thomas Morus tornou-se famoso pelo seu livro Utopia(1516), onde descreve uma ilha fictícia, na qual situa um modelo de sociedade ideal. Inspirou-se na obra de Platão, em especial, no mito de Atlântida. Morus procurou desenvolver um tratado para uma nova forma de governo e de organização urbana. A ilha de Utopia estaria povoada por uma sociedade perfeita.
A propriedade privada havia sido abolida, trabalhava-se apenas seis horas por dia. A cozinha e o refeitório eram coletivos e funcionavam em espaços de fácil supervisão. As famílias viviam em casas por um tempo máximo de 10 anos, fazendo-se depois um rodízio, havia também um sistema de revezamento entre população urbana e rural. Escolas hospitais e moradias eram públicos e gratuito. O ferro era mais valorizado que o ouro, pois permitia a confecção de instrumentos de trabalho. Em caso de superpopulação, organizavam-se migrações para colônias a serem criadas, em caso de redução, os utopianos eram repatriados.
Ebenezer Howard (1850-1928)
Inglês, mudou a face do mundo e o rosto das cidades com a sua concepção- transformada em realidade- das ‘cidades-jardins’. Seu modelo de cidade-jardim defendia os seguintes princípios: moradia individual, articulação da cidade com a natureza, comunidades de tamanho médio, trabalho, cultura, lazer, garantia de higiene e saneamento básico. Pode-se dizer que Howard fez ‘escola’ em toda a Europa, o modelo de cidade-jardim foi realizado em vários bairros. O sucesso desse modelo se deve à intenção dos administradores de sanear os bairros insalubres dos centros das grandes