Escola inglesa
O ponto de partida dos trabalhos de Wight é a constatação da ausência de um corpo teórico suficiente para explicar as formas de relacionamento entre os estados. Wight contrapõe os autores realistas – Edward H. Carr, George Kennan e Hans Morgenthau. A teoria de Wight é diferente da abordagem behavorista (privilegiavam a leitura científica, rejeitando o passado). Enquanto os behavioristas ignoram questões morais, Wight coloca-as no centro dos seus estudos.
A visão e Wight sobre as Teorias da Relações Internacionais, ou simplesmente teoria internacional, é a partir da filosofia política (tradições do pensamento sobre R.I.)
Wight faz uma revisão teórica nos autores clássicos, e identificou três paradigmas clássicos:
a) Realismo – Maquiavel. As relações são definidas pela razão de Estado, sendo o direito político o bem do Estado e a soberania é a palavra final nessas questões. A imagem realista é a de estados soberanos livres, competitivos, egoístas e combativos (individualismo internacional). A arena internacional é uma arena de conflito.
b) Racionalismo – direito internacional e civilização (Grocius). A sociedade é definida pela busca da compreensão mútua (diálogo). A sociedade internacional é vista como uma sociedade civil, pois, os membros estatais possuem interesses legítimos que podem chegar a conflitos, mas os atores estão sujeitos às regras comuns do direito internacional. Ou seja, a teoria internacional, ainda que seja uma teoria de sobrevivência, os meios de sobrevivência estão num contexto civilizatório, de ajuda mútua, diálogo e respeito às regras.
c) Revolucionismo – comunidade política global (Kant). Os revolucionistas rejeitam o sistema de soberanias pois eles reduzem os valores humanos. O que é mais importante, o que funda as instituições é a comunidade humana, logo, os homens têm precedência sobre as instituições, consequentemente o estado soberano