Escola, Currículo e Sociedade
Com base na leitura da charge é possível notar que o aluno exige seus direitos, sabe que precisa atuar efetivamente como cidadão e enxerga que a escola é o caminho para seu sucesso, porém ele não está disposto a se dedicar aos estudos e obter uma boa qualificação profissional.
Quando percebe que terá mais matérias para estudar julga não precisar deste aprendizado e juntamente com esse fator existe um mercado de trabalho oferecendo oportunidades de se ganhar um mínimo de salário. Neste momento os alunos se auto avaliam como detentores de todo conhecimento necessário para seguir seus projetos de vida e desistem da escola sem pensar que no futuro precisarão de estudos para ter uma qualificação e colocação profissional.
O governo através de programas curriculares como o ProEMI procura estabelecer maneiras de inovar o currículo do Ensino Médio para que haja mais tempo para cada disciplina, tornando o ensino mais dinâmico e desenvolvendo atividades preparatórias para o trabalho, tecnologia entre outras.
O EJA também é uma proposta curricular excelente para os que não tiveram a oportunidade de estudar e para aqueles que desistiram de seus estudos mas conseguiram enxergar que precisam estudar para crescerem no mercado de trabalho atual. Nunca é tarde para estudar!
Porém não basta termos propostas curriculares se cada parte integrante deste processo não estiver empenhado. Os professores precisam interagir com os alunos, tentando mostrar que os estudos fazem parte do processo de crescimento e amadurecimento de cada aluno que por sua vez terá que se dedicar nos estudos e tirar da escola um conhecimento que deverá ser levado não somente para um outro nível de estudo mas também por toda sua vida.
Talvez esta seja uma mudança que deva ser iniciada na base da sociedade, onde os pais precisarão estabelecer a seus filhos os valores do aprendizado e conhecimento. Valores que serão aplicados nas instituições de ensino por professores bem