Pesquisa
Luíza Maíza dos Santos Lima Mara Lucia Santos de Paula Meiry Carvalho de Souza Nara Ferreira dos Santos Valdirene Ferreira da Cunha
RESUMO
Este artigo explora até que ponto, por meio do currículo local, a escola institucionaliza um espaço social de diálogo entre os saberes de natureza local e os saberes de natureza universal. O currículo local no campo indígena, ribeirinho e assentados argumenta-se, não só como espaço de integração de saberes, valores e práticas locais no currículo nacional, mas sobretudo ele é potencialmente um espaço de negociação, avaliação e validação dos saberes de ambas as naturezas. Neste artigo explora-se a hipótese de implantar um currículo para esses grupos. O alicerce do argumento é baseado nos mais conceituados autores que tratam do currículo educacional.
Palavras-Chave: Currículo, Cultura, Realidade Local.
INTRODUÇÃO
Para falar de Currículo precisamos voltar o nosso para o início da história da civilização, quando a educação era transmitida para novas gerações através de experiências com adultos. Com o fim da sociedade medieval e o surgimento da sociedade moderna o processo educacional passa por uma grande mudança, tornando-se sistemático com o intuito de atender o mercado de trabalho decorrente da produção capitalista. Um fato determinante nesta mudança foi a revolução industrial onde o currículo foi compreendido como uma ferramenta pedagógica de massificação da sociedade industrial, pois a escola precisava formar mão-de-obra para a sociedade. Neste momento, o currículo não aparece como um fantasma, mas como algo programado para atender as necessidades de um determinado grupo que