enzimas
Em meados do século XX, cientistas descobriram que algumas enzimas produzidas por bactériascapazes de cortar moléculas de DNA em pontos específicos, formando fragmentos de tamanho bem definido que poderiam ser analisados. Essas enzimas foram denominadas enzimas de restrição ou endonucleases de restrição. tesoura molecular”: elas identificam sequências de pares de bases nitrogenadas específicas nas moléculas de DNA e cortam-nas nessas regiões. Cada tipo de endonuclease de restrição identifica e corta somente uma dada série de nucleotídeos, geralmente composta por 4 ou 6 pares de bases. O local onde a molécula de DNA é clivada pela enzima recebe o nome de sítio de restrição.
É muito provável que as enzimas de restrição tenham sido desenvolvidas pelas bactérias ao longo do seu processo evolutivo, com uma forma de proteção contra ataques de bacteriófagos. Assim, quando uma molécula de DNA do vírus é introduzida na bactéria, rapidamente é clivada nos sítios de restrição, deixando de funcionar. Isso não acontece com as moléculas de DNA da própria bactéria, pois existem enzimas protetoras que evitam a ação das endonucleases de restrição no genoma bacteriano.
Os fragmentos de DNA obtidos a partir do corte da molécula com uma enzima de restrição podem ser isolados uns dos outros por meio de uma técnica chamada eletroforese. Após submetidos a esse processo, os fragmentos das moléculas de DNA são analisadas, permitindo, por exemplo, o reconhecimento preciso de uma pessoa. A análise do padrão eletroforético de fragmentos de DNA é, hoje, largamente utilizada em investigações policiais e em processos judiciais, como os de comprovação de paternidade. material genético (exceto nos gêmeos homozigóticos), logo, o corte do DNA de um indivíduo resultará num modelo de fragmentos próprio dele, semelhante a um “código de barras” de um produto, por exemplo.
A descoberta das enzimas de restrição proporcionou importantes avanços para a Genética Molecular. Em virtude disso,