Ensino

1308 palavras 6 páginas
Tendo falado nos capítulos anteriores sobre o significado propriamente dito do evangelho, Paulo vai falar agora neste capítulo, sobre o modo de crer no evangelho e de pregá-lo. Isto deve ser feito de forma positiva, a saber, expondo no poder do Espírito Santo os fatos relativos à obra de Cristo, porque são realidades que se cumpriram para que agora creiamos nelas, e que por meio delas possamos ser salvos por Deus. Sem a pregação da verdade não há fé, porque aprouve a Deus salvar os que crêem por meio da loucura da pregação.

Diz-se loucura, não porque seja algo insensato, mas porque é reputado, desta forma, pela maioria dos homens, que julgam uma loucura a ideia de o próprio Deus ter encarnado num corpo humano e ter morrido na cruz na pessoa de Seu Filho, carregando sobre Si os nossos pecados, e estar agora ordenando aos homens em toda a parte que se arrependam de seus pecados; e carreguem sua própria cruz, negando-se a si mesmos, para poderem ser verdadeiros discípulos de Jesus.

Uma salvação sem obras, sem méritos humanos, onde pessoas que se considerem capacitadas em si mesmas para a salvação, são desprezadas por Deus, e aqueles que se julgam indignos a seus próprios olhos são os que acham favor diante dEle. Deus não escolheu os que são sábios, e elevados segundo o mundo, mas os que são fracos e desprezíveis para o mundo. Então, a salvação, o evangelho e suas ordenanças para que o homem se reconheça pecador e se humilhe diante de Deus, são considerados uma loucura para os que amam o mundo.

Veja o caso dos judeus, para os quais a ideia da morte de Deus numa cruz era e ainda é um verdadeiro escândalo, porque esperam até hoje um Messias guerreiro, poderoso, que humilhe e coloque o mundo debaixo dos seus pés. É simplesmente impossível conhecer a Cristo enquanto se abriga tal tipo de vanglória no pensamento. É impossível conhecer a Cristo quando se tenta agradar a Deus por meio da justiça própria. Os judeus são zelosos pelo nome do Deus da Bíblia, mas, segundo

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