moça do brinco de pérola - resenha
MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA
Título original: Girl with a pearl earring.
Diretor: Peter Webber.
Data : 2003.
País de origem: Inglaterra.
Com: Colin Firth, Scarlett Johansson, Tom Wilkinson, Judy Parfitt, Cillian Murphy.
“É preciso adivinhar o pintor, para entender a imagem”. (Nietszche)
Da precisa mão que pinta, a delicadeza do toque. A mistura de cores define aos poucos a medida certa de luz à imagem, dosada pelo uso do pincel. A pintura delineia-se gradativamente como obra-prima de um gênio. Poucos são os filmes que conseguiram captar e transpassar tão bem para as telas do cinema a sensibilidade do processo criativo de um artista plástico. Moça com Brinco de Pérola, se encaixa como uma dessas raridades.
O grande desafio é recriar o contexto em que o pintor holandês Johannes Vermeer (1632-1675) criou o quadro que dá nome ao filme. Considerada a “Monalisa” da Holanda, a pintura é uma das mais famosas da história da arte, pois pouco se sabe sobre sua real origem inspiradora.
A própria biografia de Vermeer é ainda uma incógnita.Sabe-se apenas que ele nasceu em 1632, em Delft, na Holanda; casou-se aos 20 anos com Catarina, uma jovem rica, e morreu aos 43 anos, em 1675. Das obras que realizou, 35 são conhecidas e calcula-se que cerca de 20 estejam perdidas. O valor do trabalho de Vermeer só será reconhecido tardiamente, no século XIX. Instigada pela vida misteriosa de Vermeer, a romancista Tracy Chevalier hipostasia num livro uma versão para o surgimento do quadro Moça com Brinco de Pérola. O romance tornou-se um sucesso editorial em 1998 e permaneceu 50 semanas na lista dos dez maiores best-sellers do New York Time Book Review. O sucesso foi tanto que Peter Webber, que antes era diretor de filmes para a TV, resolve adaptar o livro para as telas e iniciar assim a sua carreira cinematográfica. Embora, o roteiro baseado no livro de Tracy Chevalier tenha sido simplório, o maior mérito do diretor neste filme foi o de fotografá-lo com uma textura