Ensino

RESUMO - Do ensinar à ensinagem. Selma Garrido Pimenta e Léa das Graças Camargo Anastasiou.
Na história da didática houve época em que o ensinar predominava sobre o aprender (professor palestrante), a base do conhecimento didático tinha o professor como figura central do processo, e a ênfase se dava nos métodos e nos recursos utilizados. Em tempos mais recentes, a crença no poder das tecnologias e das mídias como forma eficazes para a transmissão das informações.
Com Rousseau estabeleceu-se a centralidade no ser que aprende, o professor passa a ser um orientador e organizador das situações de ensino – a aprendizagem tornou-se central.
Estudos mais aprofundados a partir da Psicologia Cognitiva e da Didática sobre o fenômeno do ensino colaboraram para superar o falso dilema entre ensinar e aprender.
“O conceito de ensinagem comporta em si a superação da falsa dicotomia, pois carrega consigo esses compromissos éticos, políticos e sociais da atividade docente para com os alunos, a qual se realiza em determinado espaço institucional.” ( PIMENTA, 2005. p.204)
A ação de ensinar não se limita à simples exposição dos conteúdos, mas inclui a necessidade de um bom resultado do que se pretende fazer, no caso, ensinar. Tal ação exige, entre outros, participação conjunta dos sujeitos envolvidos no processo: professores e alunos, a aula deve ser construída.
A aprendizagem requer a compreensão do conteúdo pelo aluno, nesse sentido MACHADO (1995, p. 21) nos diz: “ compreender é apreender o significado de um objeto ou de um acontecimento; é vê-lo em suas relações com outros objetos ou acontecimentos; os significados constituem, pois, feixes de relações que, por sua vez, se entretecem, se articulam em teias, em redes, construídas socialmente e individualmente, e em permanente estado de atualização”.
No entanto apreender não ocorre sem rotinas, de forma espontânea. Pela própria intencionalidade da ensinagem, exige do professor uma competência capaz de planejar e efetivar um