Ensino médio
O século XV inaugurava um novo período do processo histórico da Europa ocidental: possuir terras já não era mais sinônimo seguro de poder; as relações sociais de dominação não eram as mesmas do mundo feudal; mudanças qualitativas na economia européia abriam espaço para uma nova ordem política e social.
Tendo suas origens no feudalismo, o mundo moderno evoluiria até culminar no seu oposto - o capitalismo do mundo contemporâneo. Assim, em muitos aspectos, o mundo moderno constitui uma negação do mundo medieval, embora ainda não se caracterizasse como um todo sólido, maduro, apresentando-se como uma época de transição. Foi o período de consolidação dos ideais de progresso e de desenvolvimento, que reforçou o pensamento racionalista e individualista, valores burgueses que iriam demolir o universo ideológico católico-feudal.
Grande acumulo de capitais se dava na esfera da circulação, ou seja, por meio do comercio, daí o temo capitalismo comercial para designar o período. A economia funcionava segundo a doutrina mercantilista, que, em sentido amplo, pregava a intervenção governamental na economia, a fim de promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado. Nesse sentido, defendia a necessidade de acumulação de riquezas no interior dos Estados, e a riqueza e o poder de um pais eram medidos pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que possuíam. Esses princípios ficou conhecido como metalismo. Após a descoberta de ouro e prata na América houve um enorme fluxo de metais preciosos para a Europa, sobretudo para a Espanha, Reino Unido e Portugal.
Outro meio de acumular riquezas era manter uma balança comercial sempre favorável, daí o esforço para exportar mais que importar, garantido saldos comerciais positivos. Assim, o Estado deveria ser forte para apoiar a expansão marítima e o colonialismo, que garantiram alta lucratividade, já que as colônias eram obrigadas a vender seus produtos às metrópoles a preços baixos e a comprar