Ensino Médio
Do ponto de vista do desenvolvimento do ensino médio no Brasil, algumas características pareçem não modificarem com o tempo, como a distinção social entre o ensino público e privado, a intencionalidade na formação oferecida nas diferentes redes e a falta de coneção com os demais níveis de ensino – técnico e superior. Nesse contexto, torna-se utópico imaginar a universalização do ensino médio de maneira igualitária em todos os âmbitos de seu significado. A sua oferta ocorre de maneira diferenciada nas redes públicas e privadas onde cada uma define seus objetivos, curriculo, carga horária e demais elementos de formação, de tal forma que há uma gama muito distinta entre o que é ofertado em cada rede.
Com relação a demanda, o ensino médio tem sua maior parcela de estudantes matriculados na rede pública, característica essa que vem se mantendo ao longo do tempo. Apesar dos programas implementados pelo poder público para melhorar a qualidade do ensino médio, efetivamente o que se constata é que o índice de aproveitamento é baixo e a relação entre o número de ingressantes e número de concluíntes é muito desigual. Outro aspecto que agrava esses dados é que apesar do aumento do número de ingressos, a evasão e as reprovação tem aumentado em índices tão elevados.
Um aspecto importante que permeia este contexto diz respeito ao fato de que muitos jovens, em idade escolar, associam um período de estudos e outro período de trabalho, ou ainda muitos jovens, segundo pesquisas quase metade deles, estão dedicados somente ao trabalho deixando de lado seus estudos na idade adequada. Por outro lado os dados indicam que cerca de 15% dos jovens só estudam e não trabalham.
Essa realidade coloca em questionamento, não somente o sistema educacional brasileiro, mas sim todo o contexto sócio-econômico-cultural dos brasileiros.
Sendo assim, pode-se relacionar que parte da evasão escolar de um número muito