Ensinar a ciência.
Em um mundo cada vez mais complexo e dependente da tecnologia e informação, o ensino da ciência se torna fundamental para o exercício da democracia e bem estar social.
Como decidir se o aquecimento global é um fenômeno antropocêntrico ou simplesmente um ciclo normal do nosso planeta? Como a sociedade pode tomar partido no novo código florestal? Será que pesquisas com células tronco são éticas? E o aborto? Energia nuclear é segura? Por que devo vacinar meus filhos? Essas e muitas outras questões só podem ser discutidas e respondidas satisfatoriamente a cidadãos que possuam um conhecimento básico de ciência. Não é apenas papel do cientista decidir sobre ciência, pois não há democracia em concentrar todos os poderes nas mãos de alguns poucos.
A ciência nos mostra os caminhos pelos quais podemos seguir, mas é preciso ter em mente que a ciência é cega. Ela não tem moral, ética ou qualquer senso de certo e errado, porque estas são convenções da sociedade que não se relacionam, de forma nenhuma, com a busca pela verdade científica. O papel da ciência será o de mostrar os caminhos possíveis para que os indivíduos possam tomar suas decisões de acordo com seus próprios valores éticos.
É preciso estimular a busca por respostas que é inata a infância e transformá-la em interesse científico. É necessário maior ênfase em aulas experimentais, aproximando a teoria e a vida diária, tendo como foco inicial os principais mecanismos pelos quais o mundo natural funciona.
Por fim, deixo uma citação do astrônomo e divulgador de ciência Carl Sagan:
“Vivemos em uma sociedade profundamente dependente da ciência e tecnologia em que ninguém sabe nada sobre ciência e tecnologia. Esta é uma receita para o