Ensaio filosófico sobre a eutanásia
A eutanásia consiste em, intencionalmente, matar ou deixar morrer alguém que se encontra em fase terminal ou sofre de uma doença incurável estando assim sujeita a um constante sofrimento.
Existem diferentes tipos de eutanásia: Involuntária, quando a eutanásia é aplicada contra a vontade da pessoa; Não voluntária, quando o sujeito em questão não se encontra capaz de tomar decisão alguma, como, por exemplo, quando a pessoa está num estado “vegetativo”, sobrevivendo apenas com o suporte de máquinas, tendo assim que, ou o médico ou um familiar decidir se a eutanásia será ou não aplicada à pessoa em questão; E, por fim, voluntária, podendo esta ser ativa ou passiva, distinguindo-se a passiva da ativa pelo facto de, na ativa, a ação feita por um outro individuo ter como consequência direta a morte do doente, enquanto que, na passiva a morte não é directamente causada por ação alguma, mas sim devido a uma omissão, como, por exemplo, o médico deixar de administrar os medicamentos e/ou tratamentos necessários à sobrevivência do paciente.
Quanto às diferentes variantes da eutanásia, considero que apenas a eutanásia voluntária e não voluntária devem ser legalizadas, pois nada nos dá o direito de tirar a vida a alguém quando este tem ainda vontade de viver.
Antes de passar à apresentação da minha tese e dos argumentos que a sustentam, é necessário clarificar a importância do problema. A questão da legalização da eutanásia é algo que tem vindo a ocupar o pensamento das pessoas de forma cada vez mais frequente, e, consequentemente, pessoas que outrora viam a prática da eutanásia como algo impensável começam agora a levantar questões quanto a este método e a