Eutanasia
Disciplina: Português
Ano: 10º
Turma: b
Professora: Ivete Reis
Eutanásia: pelas veredas da morte e da autonomia
Rodrigo Siqueira Batista
Fermin Roland Schramm
Resumo: O artigo parte da pergunta: o estabelecimento de um conceito de morte, que possa ser considerado fidedigno e, portanto, consensual, seria premissa crucial para a legitimação moral da eutanásia? Procura responder, expondo os problemas que cercam as tentativas de uma definição – científica – de morte, no momento em que se tenta utilizá-la na tomada de decisões – éticas – em relação ao fim da vida, como no caso da eutanásia e do suicídio assistido. De outro modo, o manuscrito procura delimitar um referencial alternativo para o debate, que, apesar de suas limitações, se mostra bastante útil para a argumentação bioética: o princípio da autonomia, intrínseco à ordem dos valores.
Palavras-chave: Bioética, Eutanásia, Morte, Autonomia
Introdução
( A eutanásia e o suicídio assistido)
O termo eutanásia é oriundo do grego, tendo por significado boa morte ou morte digna. Foi usado pela primeira vez pelo historiador latino Suetônio, no século II d.C., ao descrever a morte "suave" do imperador Augusto: A morte que o destino lhe concedeu foi suave, tal qual sempre desejara: pois todas as vezes que ouvia dizer que alguém morrera rápido e sem dor, desejava para si e para os seus igual eutanásia (conforme a palavra que costumava empregar) (Suetônio, 2002). A prática de eutanásia é suportada pela teoria que defende o direito do doente incurável de pôr termo à vida quando sujeito a intoleráveis sofrimentos físicos ou psíquicos. A eutanásia é um tema polémico, havendo países com legislação definida sobre a sua prática e outros países que a refutam categoricamente por motivos diversos.
Séculos depois, Francis Bacon, em 1623, utilizou eutanásia na sua Historia vita e et mortis, como sendo o "tratamento adequado às doenças