Surrealismo
O surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido no início do século XX, em
Paris, fruto das teses de
Sigmund Freud, criador da
Psicanálise, e do contexto político indefinido que marcou este período, especialmente a década de 20. O Surrealismo questionava as crenças culturais em vigor na Europa naquele período, bem como a postura humana, vulnerável frente a uma realidade cada vez mais difícil de compreender e dominar.
Pintura de Vladimir Kush
A teoria freudiana tem um grande peso na constituição dos ideais surrealistas, que valoriza acima de tudo o desempenho do inconsciente no processo da criação. O surrealismo procura expressar a ausência de racionalidade humana e as manifestações do subconsciente.
O enigma de Hitler - Salvador Dali
Not to be Reproduced- René Magritte
Os adeptos do Surrealismo se valem dos mesmos instrumentos que a Psicanálise, o método da livre associação e a investigação profunda dos impulsos criativos, embora se esforcem para adaptar esta imensidão de recursos aos seus próprios fins.
Desta forma eles objetivavam retratar o espaço descoberto por Freud no interior da mente humana, o inconsciente, através da abstração ou de imagens simbólicas. As obras literárias seguiam o procedimento de que as palavras deveriam ser escritas conforme viessem ao pensamento, sem seguir nenhuma estrutura coerente. Oedipus Rex Max Ernst
Slowly Toward the North Yves Tanguy
Utopian Jasek Yerka
Ciphers and constellations in love with a woman Joan Miró
O marco oficial deste movimento é o lançamento do Manifesto do
Surrealismo, em outubro de 1924, por André Breton, que também o subscreveu. Este documento tinha o propósito de criar uma nova expressão artística acessível através do resgate das emoções e do impulso humano.
Ao mesmo tempo em que o
Surrealismo pregava como os dadaístas a demolição do corpo social, ele propunha a criação de uma nova sociedade,