Eutanásia
Será a eutanásia moralmente aceitável?
“Eutanásia” é composta de por duas palavras gregas – “eu” e “thanatos” - e significa “a morte boa” ou “a morte suave”. A eutanásia corresponde ao ato de causar intencionalmente a morte de um indivíduo, esperando que esta o beneficie, ou que pelo menos não o prejudique. A eutanásia implica tirar deliberadamente a vida a uma pessoa e a vida é tirada para benefício da pessoa a quem essa vida pertence normalmente porque o indivíduo sofre de uma doença terminal ou incurável em sofrimento intenso ou a de um paciente irreversivelmente inconsciente. Tem de estar cumpridas duas condições para que se possa falar de eutanásia:
- A morte tem de ser intencional, pretendida.
- A tem de ser causada para beneficio daquele que morre, ou, pelo menos sem prejuizo para este.
Isto distingue a eutanásia da maior parte das outras formas de retirar a vida.
Este tema tem sido debatido desde há muitos séculos atrás, contudo continua a ser controverso e chocante, uma vez que interfere com determinados princípios (éticos, religiosos, jurídicos...), assim como interfere com a concepção criada em redor do valor da vida e da dignidade humana.
Para analisarmos melhor o assunto sobre a eutanásia é necessário estabelecer algumas distinções. A eutanásia pode ter três formas: eutanásia voluntária, eutanásia não voluntária e eutanásia involuntária.
É eutanásia voluntária se o individuo a quem é praticada a eutanásia pediu explicita e consistentemente para morrer. O pedido pode ser feito no momento em que a pessoa pretende morrer – como acontece nos casos dos doentes terminais que sofrem de dores insuportáveis mas que mantêm a capacidade de comunicar - ou antecipadamente, por exemplo através de documentos escritos, como o testamento vital.
É eutanásia não voluntária se o indivíduo que é morto não pode pedir ou negar a eutanásia por não ter capacidade para tal. Nesta situação estão aqueles que não podem dar consentimento por não