Ensaio filosofico
Clarificando esta questão, entendo por escola a instituição pública que visa o ensino (básico, secundário ou superior), tendo em consideração para esta discussão, as escolas portuguesas.
Por cidadania ativa, entendo como o direito e o dever do indivíduo a participar na vida social e política do seu país, devendo este preocupar-se pelo bem-estar de toda a sociedade, bem como pelos valores da igualdade, da democracia e da justiça social.
Creio que as escolas, atualmente, não potenciam a futura atividade dos alunos na vida pública, nem o seu interesse pela colectividade. Isto é, não é por um indivíduo ir à escola que vai desenvolver a necessidade de se envolver na política e de se tornar num cidadão ativo.
É importante analisar e discutir esta questão, uma vez que, se for ignorada, o ensino poderá estar a ser negligenciado. O governo depreende que o sistema educativo em vigor está a cumprir o seu papel na formação dos alunos, de modo a que venham ser cidadãos críticos e atentos às questões do país.
No entanto, sou de diferente opinião. Neste momento (não digo que antigamente também fosse assim), os professores “despejam” a matéria nos ombros dos estudantes, sendo o objetivo deste modo de ensino formar os alunos a nível de conhecimentos, e não para que desenvolvam sentimentos de crítica e de interesse pelo bem-comum. São exemplo disso, nas diversas disciplinas, as matérias leccionadas, que são, a esmagadora maioria, de domínio teórico, não sendo fáceis de por em prática no dia-a-dia (por exemplo, quando conversamos com alguém). Assim, o aluno desenvolve uma atitude de passividade em relação à matéria que lhe impõem estudar.
Os alunos sabem que para virem a ter uma boa carreira profissional, têm de se esforçar para ter boas classificações e é em proveito próprio que o fazem. Penso que este tipo de educação, baseada em classificações, é seletiva (ou seja, só os melhores alunos é que conseguem tirar