ensaio filosofico

Será que os animais são dignos de consideração moral?
Este ensaio discute o problema de saber se os animais são dignos de consideração moral. A posição defendida é a favor.
Segundo a perspectiva utilitarista a obrigação ética fundamental é promover o bem- estar. O bem-estar dos animais é tão importante como o bem-estar dos animais e segundo a perspectiva dos direitos, todos os sujeitos de uma vida, animais ou humanos têm direitos morais absolutos e que mais que importante que promover o bem-estar, importa respeitar esses direitos. No entanto, a posição contrária detém a perspectiva tradicional que fundamenta que apenas o ser humano tem direitos morais e que têm apenas obrigações indirectas para com os animais.
Ao longo dos anos os animais têm sido utilizados para os mais diversos fins: testes para vacinas e produtos cosméticos; alimentação; para satisfazerem a curiosidade humana (zoo) e o seu gosto pelo espectáculo e para experimentação de hipóteses em diversos campos da investigação científica.

Filósofos como Aristóteles, S. Tomás de Aquino e Kant defendiam a perspectiva tradicional, esta diz respeito apenas às relações entre os seres humanos. Por vezes esta perspectiva baseia-se numa visão teológica do mundo segundo a qual os animais existem ou foram criados para nosso benefício. Como estão neste mundo para nos servir parece obvio que nada há de errado em usá-los. Kant exprimiu esta ideia com toda a clareza: «Os animais não têm consciência de si e existem apenas como meio para um fim. Esse fim é o homem, Podemos perguntar “Porque razão existem os animais?”. Mas perguntar “Porque razão existe o homem?” é fazer uma pergunta sem sentido. Os nossos deveres em relação aos animais são apenas deveres indirectos em relação à humanidade.» - Immanuel Kant, Lições de Ética, 1755-1780, trad. De Pedro Galvão, p.239
Querendo isto dizer que, se os animais não-humanos têm certas parecenças com os humanos, não os devemos tratar com crueldade pois isso poderia fazer com