Enigma das cartas
O filme conta a história de uma garotinha (Sally), cujo pai havia falecido, e pouco tempo depois ela e sua família se mudaram por um tempo e retornaram a sua casa onde moravam com seu pai depois de três anos. Assim que retorna Sally começa a ter comportamentos estranhos, como subir em telhados e árvores, mutismo, não conseguia mais se socializar com as pessoas e não se adaptar aos ambientes, constrói um espiral de cartas muito complexo. Devido a questionamentos da escola, e mesmo contrariada resolve levar Sally ao psiquiatra, recebendo o diagnóstico de indícios de autismo. A mãe não concorda com o médico, e tenta ajudar a filha de outras maneiras que foi essencial para a criança. E percebe que ela está se comunicando através da estrutura feita com as cartas e se empenha em decifrá-la e entrar no mundo dela, e assim conseguem se comunicar. A criança consegue se despedir de seu pai que o via na lua. O tratamento da criança foi muito de forma subjetiva, a mãe fez o papel que um psicólogo deveria fazer, compreendendo assim sua individualidade, seu histórico de vida e sua subjetividade, observando, analisando e relacionando seu comportamento. Em que a criança em seu silencio havia passado por uma situação de luto devido a perda de seu pai, e mudança de ambiente, voltando a sua casa antiga, em relação a lua, um amigo seu lhe disse que quando as pessoas morrem moram na lua, por isso a sua fixação pela lua. Por isso o psicólogo deve considerar todos os aspectos e não apenas os sintomas apresentados, e sim procurar o porquê de cada comportamento. Assim a criança não sabendo lidar com a situação, encontrou uma linguagem simbólica de se expressar, a compreensão da mesma possibilitou o processo de melhora dos sintomas.