Reflexão filme enigma das cartas
(House of Cards)
De acordo com a sinopse do filme, Sally (Asha Menina), caçula de pais arqueólogos vivia com estes e seu irmão próximo ao ambiente de trabalho dos pais. Após seu pai morrer em uma queda, enquanto fazia escavações arqueológicas em ruínas Maias, a menina se conforta no diálogo com um amigo Maia de seu pai. Ao voltar para sua casa de origem, com sua mãe e irmão, Sally começa a reagir de maneira muito estranha, não fala mais, ignora, na maioria das vezes, os sinais do cotidiano a sua volta e grita estridentemente ao notar algo fora do habitual para ela. A mãe, após rejeitar a possibilidade de a filha estar doente, a deixa ser consultada por um psiquiatra.
Em minha perspectiva, Sally possui uma mãe amorosa, porém ainda muito abalada com a morte de seu marido, até mesmo porque ela (a mãe) estava presente no momento da queda e nada pôde fazer. É notável o esforço desta mãe em seguir a vida e cuidar de seus filhos. Porém está tão engajada na ideia de que as coisas voltem ao normal que nega comportamentos fora do comum de sua filha, mesmo diante de evidencias contundentes de que haja algo errado, seja o que for.
O irmão é o primeiro a presenciar as crises de Sally, percebe que há algo errado, porém, com medo do que possa estar acontecendo, nada conta a mãe. Os irmãos se dão bem, apesar da falta de interação de Sally. Até o momento de aceitação da mãe sobre o que está acontecendo, a atenção era igualmente distribuída aos filhos, porém após o empenho da mãe no cotidiano de Sally, o menino aparenta sentir-se deixado de lado, mas nada muito exagerado.
O amigo (maia) de seu pai, que se tornara próximo de Sally, talvez por sua origem e experiência, lhe confortou com histórias míticas, como a ideia de que pessoas não morrem, mas sim, apenas trocam de casas, e no caso de seu pai, ele havia ido morar na lua. Entre outras coisas, dissera também que não se deve chorar e que o silencio é necessário para compreender algumas situações.
Já na