RESENHA DO FILME O ENIGMA DAS CARTAS
A história se inicia quando o marido de Ruth Matthews (Kathleen Turner) morre numa queda em escavações arqueológicas. Sua filha Sally (Asha Menina) reage estranhamente a morte do pai.
Sally, sua mãe e seu único irmão voltam a sua antiga casa e lá a menina começa a apresentar sintomas como ocultamento da fala, aumento da função motora, onde fica a maioria do tempo isolada. Um índio arqueólogo amigo da família antes de se despedir responde a pergunta de Sally sobre onde as pessoas vão quando morrem, dizendo que estariam na lua, onde ficam no silencio o que impressiona muito a menina.
Sally na convivência com a mãe e seu único irmão começa a apresentar alguns comportamentos, e a ter crises e recebe auxílio de um médico psiquiatra da escola onde a garota vai estudar e esse por sinal confunde suas crises como de uma criança altista.
No desenrolar do filme Sally se apresenta muito inteligente porem sempre sem pronunciar uma só palavra, somente quando contrariada e retirada do mundo em que se inseriu apresenta alguns sons que preocupa a família.
A mãe diferente do médico, não acredita que Sally tem algum distúrbio e quer comprovar que a filha não é altista, mas que em algum momento dessa perda do pai ela também se perdeu, e consegue depois de entrar nesse mundo que a filha construiu para suprir a falta do pai, uma forma de reencontrar sua filha e trazê-la pra realidade.
Na minha opinião Sally com a perda inesperada do pai e a mudança de ambiente abre caminhos para que a menina desenvolva tais sintomas. Muito apegada ao pai não consegue fazer a ressignificação da sua morte, e se fecha no seu mundo interior buscando achar respostas para o vazio que a ausência do pai lhe causa, extremamente sensível passa a ter reações de difícil compreensão.
Trazendo um pouco dessa história para nossa disciplina, realmente é muito complicado entender, compreender o que é ser normal, como se explicar a normalidade num mundo onde há tantos fatores