Análise crítica do filme “o enigma das cartas”
O filme “O enigma das cartas” relata a história de uma menina chamada Sally e sua família, composta por ela, sua mãe Ruth e seu irmão Michael, que ao voltarem do México, por onde viveram três anos e tiveram a perda do pai e marido Alex, retornam para casa nos Estados Unidos e tem sua dinâmica familiar alterada.
Percebe-se que a dinâmica familiar antes da perda do pai era bastante harmoniosa e afetuosa, e, ao que tudo indica Sally mantinha uma relação boa com seu pai. Após a morte do seu pai, quando a família retorna a casa, a posição que Sally ocupa é de “protegida” pela mãe e irmão, ambos dão carinho e atenção à ela, e até por vezes a mãe dedica um carinho à ela que não dedicara a Michael.
No início do filme, quando Sally e sua família ainda estão no México, a menina se mostra curiosa, comunicativa e observadora em conversas com um amigo da família chamado Sectenel sobre a vida e a morte. Esse amigo responde aos questionamentos de Sally através de histórias e frases que possivelmente desencadearam, posteriormente, uma série de sintomas na menina. Ele denota frases do tipo: “(...) Nos sonhos não se precisa falar.”, “(...) seu pai mora na lua.”, “Lembre-se que às vezes você precisa ficar bem quieta para ver as coisas.” e outras.
Os sintomas de Sally começam a aparecer a partir do momento em que a família volta a morar nos EUA. A menina que se mudara juntamente com sua família para o México, ainda muito nova, não reconhece o ambiente de sua casa e aparenta estranhá-lo quando retorna.
A perda inesperada do pai, as respostas aos seus questionamentos através das histórias do amigo Sectenel e a mudança de ambiente são fundamentais para o surgimento de sintomas em Sally. Sintomas como, ocultamento da fala, ausência de socialização, mudanças no comportamento e aumento da função motora. Esses sintomas dão-se indícios que Sally começara a alimentar psiquicamente fantasias das histórias contadas pelo Sectenel ao chegar no