Empresas feitas para vencer
Por que apenas algumas empresas brilham
A primeira etapa do levantamento que resultou no livro Empresas Feitas para Vencer consistiu em definir os requisitos que uma empresa deveria satisfazer para pertencer à categoria daquelas que passaram de “boas” a “grandiosas”.
Depois de longo debate, o pesquisador James Collins e sua equipe estabeleceram o seguinte parâmetro de empresa que passou de boa a grandiosa: desde sua criação até determinado “ponto de inflexão”, ela deveria ter lucros acumulados sobre ações que ficassem na média do setor de atividade ou abaixo dela. Depois disso e durante os 15 anos seguintes, seus lucros deveriam superar pelo menos três vezes a média do mercado. A escolha de um período de 15 anos se fundamentou na necessidade de descartar empresas que tivessem tido um golpe de sorte – afinal, parece impossível que uma maré boa se mantenha por tanto tempo. Além disso, como esse período vai além da média dos mandatos dos presidentes de empresa, serviu para diferenciar as empresas grandiosas daquelas que são apenas boas, mas com líderes excepcionais.
A definição do índice “três vezes superior ao retorno do mercado” está ligada ao fato de isso ficar acima do desempenho de empresas indiscutivelmente grandes – entre 1985 e 2000, algumas das que cresceram
2,5 vezes mais do que o mercado foram 3M, Coca-Cola, General Electric,
Hewlett-Packard, Intel, Johnson & Johnson, Wal-Mart e Walt Disney.
Vale destacar que as empresas deveriam demonstrar um desempenho superior ao de seu setor de atividade específico: se todo o setor houvesse registrado um crescimento extraordinário, a empresa não se qualificava para o estudo.
O passo seguinte foi detectar quais empresas nos Estados Unidos satisfaziam o padrão descrito. Para isso, a equipe analisou o desempenho das empresas do ranking. Fortune 500 entre 1965 e 1995. A eleição fina incluiu: a Abbott Laboratories (a partir do ponto de inflexão, seu desempenho superou em