Conceito porco espinho
É conhecer-se a si mesmo ( inscrição no portal de Delfos, preservada por Platão)
Segue-se a pergunta...Você é um porco espinho ou uma raposa? Segundo o conceito de Isaiah Berlin, a humanidade foi dividida em porcos-espinhos e raposas, esse conceito foi retirado da seguinte parábola grega “as raposa sabe muitas coisas, mas o porco espinho sabe uma coisa muito importante”.
Fazendo um comparativo, a raposa é um animal astuto, e que consegue visualizar uma quantidade infinita de estratégias para atacar sua presa, o porco espinho. A raposa não se importa em esperar, ela fica na espreita, esperando o momento certo para atacar o porco espinho, com tantas qualidades de caça, aparentemente tem todas as condições para vencer, isso, até a raposa estimular o outro lado oculto do porco espinho, ou seja, o lado desajeitado e aparentemente acomodado do porco espinho, dá lugar a outro ser, aquele que se transforma em arma de guerra e se defende, e assim, o porco sempre vence.
Berlin fez uma adaptação a partir desse comparativo, e dividiu as pessoas em dois grupos básicos: as raposas e os porcos-espinhos. As raposas atacam em várias linhas de frente de uma vez, e vêem o mundo em toda sua complexidade. Elas se espalham e se dispersam e se movem em vários níveis, afirma Berlim, e nunca integram seu conceito geral ou visão unificadora. Os porcos-espinhos, por sua vez, simplificam um mundo complexo e o transformam numa única idéia organizadora, um princípio básico ou um conceito que unifica e orienta tudo. Não importa o grau de complexidade do mundo, um porco espinho reduz todos os desafios e dilemas a simples, para um porco espinho tudo que não se relaciona de alguma forma com as suas idéias não tem relevância. Quer saber o que separa aqueles que causam maior impacto de todos os outros igualmente brilhantes? Os primeiros são porcos-espinhos. Freud e o inconsciente, Darwin e a seleção natural das espécies,