Empresario ou empregado
O setor de TI movimenta anualmente no Brasil cerca de 10 bilhões e o Estado do Rio de Janeiro é responsável por 10% desse volume. Os serviços de consultoria, educação e treinamento compõem 13% desse total, sendo os mais procurados os de instalação e suporte de softwares e hardwares, assim como integração de sistemas.
Na cidade do Rio de Janeiro atua um grande número de empresas de informática; a maior parte enquadra-se na categoria de micro ou pequena empresa com um índice de falência semelhante a de outros setores da economia.
Em meados de 2002, Eduardo Queiroz, ainda estudante de graduação do curso de Informática da UFRJ, desenvolveu um software de treinamento para Centros de Informática e Telecomunicações, uma aplicação de Learning Management System (LMS) e constituiu sua empresa - a 4Quality - com o objetivo de comercializar o produto.
No início a empresa tinha apenas três clientes. Entretanto, para sobreviver ao competitivo mercado de informática, era necessário vencer alguns problemas como o acirramento da concorrência no mercado de serviços de software, as dificuldades de estruturação organizacional, os problemas de administração financeira e de fluxo de caixa.
Em meio a essas dificuldades, em julho de 2003, uma proposta de trabalho de uma grande empresa do setor levou Eduardo a uma profunda reflexão. Eduardo não se via como empregado, seu sonho era se tornar um empreendedor de sucesso. Porém, a crise que se abatia sobre a sua empresa ameaçava esse sonho. Eduardo tinha uma decisão crucial a tomar: aceitar a proposta de trabalho assalariado ou resgatar sua empresa e colocá-la no caminho do sucesso?
Eduardo resolveu incorporar diferenciais competitivos a seu produto de ensino à distância que até então não havia sido implantado em nenhuma empresa. Com esse intuito, procurou conhecer melhor seus concorrentes, verificando que estes possuíam cursos que eram apenas apostilas colocadas na internet ou em CD