EMOÇÃO E APRENDIZAGEM
emoção e aprendizagem
Um estudo à luz da atividade neural
A emoção é um tema discutido sob muitas perspectivas – filosófica, psicológica, pedagógica, neurológica – pois está no cerne do comportamento humano. Sem emoção as pessoas tendem a se sentir mortas, adotam condutas automatizadas, irrefletidas, Mesmo nestas situações, não se pode dizer que há ausência de emoções, mas que estas estão embotadas.
São as emoções que direcionam as pessoas às relações interpessoais, às trocas, às buscas por alguém ou algo no qual acreditam. Quando se está deprimido perde-se a vontade pelas coisas e há uma tendência à apatia (PANKSEPP, 2008).
Mas o que é emoção, afinal? Essa pergunta tem sido feita há mais de um século e foi exaustivamente debatida e estudada nos períodos socráticos e pré-socráticos e, frequentemente, vista como uma ameaça à razão. Ainda hoje há a tendência de perceber, especialmente no meio filosófico, que lida com o estudo do pensamento, da cognição, a emoção como algo inferior, perigoso, pouco inteligente e que precisa ser controlado pela razão, como se pudessem ser dissociados (SOLOMON, 2008).
De acordo com Ferreira (2010), a emoção pode ser entendida como movimento, no sentido moral; como uma reação do organismo à situações que se expressa em forma de alegria, raiva, tristeza, felicidade, etc., ou seja, estados afetivos penosos ou não; ou ainda como estado de ânimo despertado por alguma coisa ou alguém.
As emoções podem ser estudadas e entendidas também através das neurociências. Nessa perspectiva, as emoções apresentam rica, complexa e densa relação com diversas outras atividades humanas, possível através das ligações entre os sistemas neurais.
Machado (2006) afirma que as emoções relacionam-se à áreas encefálicas específicas, das quais tem maior destaque o hipotálamo, a área pré-frontal e o sistema límbico. Faz parte ainda o tronco encefálico, através da ativação de seus inúmeros núcleos de nervos do crânio -