Eles são reunidos numa espécie de suíte e começam a ser descartados após passarem por testes psicológicos, através do assim denominado Método Gronholm que, entre outros procedimentos, joga um candidato contra o outro. Em cada turno, um perdedor é eliminado e o vencedor será aquele que resistir até o fim e, digamos assim, conseguir permanecer de pé. Enfim, uma espécie de reality show corporativo ou Darwin radicalizado. Uma série de tarefas é apresentada ao grupo. Rapidamente, elas vão ficando cada vez mais intensas psicologicamente, à medida em que os candidatos se defendem atacando os outros. Algumas cenas com os candidatos já possibilitam muitos tópicos para debate: o educado e obsequioso Henrique é eliminado numa discussão após ser praticamente obrigado a delatar um competidor. Entre os mais jovens, Carlos está disputando o cargo com sua antiga namorada Nieves. De outro lado, o machista Fernando já se aproxima da meia-idade. Após um ataque pessoal particularmente brutal, Carlos pede desculpas a uma candidata dizendo que a agressão apenas faz parte do papel que ele tinha que desempenhar na tarefa. E por aí vai. Aos poucos, nós espectadores vamos penetrando na personalidade de cada candidato, seus estilos, reações e atitudes. Cada um deles carrega a certeza ou a esperança de que será o escolhido e isso faz com que o processo de eliminação seja ainda mais contundente. As atuações, de modo geral, são bastante convincentes, dando à história cores e nuances ora trágicas, ora cômicas. Por oportuno, torna-se necessária a colocação de um ponto importante, principalmente para nós, da área de gestão com pessoas. Como não se trata de um vídeo instrucional e sim de uma produção cinematográfica – sujeita às imposições decorrentes de eventuais padrões do cinema atual ou de aspectos ligados a marketing – certas cenas inseridas na história podem soar, para alguns espectadores, fora do contexto ou da