Educação e trabalho
O sociólogo Ricardo Antunes, em seu texto Os sentidos do trabalho, propõe a reflexão de sentidos do trabalho estabelecido a partir das relações de produção.
Uma crise econômica emergiu no fim dos anos 60 e início de 70, que em verdade era expressão de uma crise estrutural do capital, começando a dar sinal de esgotamento. A crise refletia principalmente nos que vivia do trabalho. Tal fato, fez com que, entre outras consequências, o mundo produtivo optasse por um processo de reestruturação, mas, sem mudar os pilares do capitalismo, tratava-se de reorganizar o ciclo produtivo, preservando o padrão de acumulação. Antunes aponta uma nova perspectiva relativa à classe proletária (classe-que-vive-do-trabalho). No sec. XX o sistema de produção toylorismo|fordismo, baseava-se na produção em massa de mercadoria, com a reorganização da produção, implanta-se o padrão de acumulação, passando a um padrão produtivo parcelado e fragmentado e decomposição de tarefas, que reduzia a ação operaria, dessa forma conseguia-se uma otimização de tempo e crescimento do ritmo de trabalho. Esse processo produtivo caracterizava-se pela mescla da produção em serie fordista e o cronômetro taylorista. Tratava-se de suprimir cada vez mais os mecanismos de trabalho, o que o autor chama da dimensão intelectual do trabalho operário. O capital iniciou uma reestruturação nas formas de trabalho e também procurou resgatar a sua hegemonia, que estava abalada, devido à confrontação com líderes da classe trabalhadora dos anos 60. A classe questionava alguns dos pilares da sociabilidade do capital e de seus mecanismos de controle social. Algumas das repercussões destas mutações no processo produtivo têm resultados imediatos no mundo do trabalho: desregulamentação dos direitos do trabalho, que são eliminados cotidianamente em praticamente todas as partes do mundo onde há produção industrial e