Trabalho e Educação
Segundo o texto, o homem é um ser racional, um ser inteligente que constrói ou fabrica. O trabalho é a característica essencial que define o homem em sua totalidade. A capacidade de dominação sobre a natureza é o que diferencia homens de animais. Sujeito às condições ambientais de sobrevivência, o homem em certo momento viu-se capaz de construir instrumentos e utilizá-los no atendimento de suas necessidades de alimentação, abrigo, etc., o que lhe possibilitou o domínio de seu meio, bem como seu desenvolvimento físico e psíquico, distanciando-o consideravelmente daqueles que até então lhe eram muito semelhantes. A esta ação que propiciou tal realidade denominou-se Trabalho.
Assim, para produzir o necessário à sua sobrevivência o homem trabalha e, para tanto, faz uso dos chamados meios de produção, estes por sua vez formados pelas ferramentas, ou instrumentos de trabalho e pela matéria a se constituir em produto, ou objeto de trabalho. A este conjunto, somada a força de trabalho, deu-se o nome de forças produtivas e, ao longo da história, tais forças têm se desenvolvido conforme o surgimento de novas necessidades, e o que tem diferenciado um modo de produção daquele que o antecede ou o segue, são as relações dos sujeitos com os meios de produção e entre si. As reformas que vêm se efetuando na educação em forma de políticas governamentais e de Estado são, sem dúvida, consequência das transformações que vêm ocorrendo no mundo da produção. É de se considerar, entretanto, que a Educação também é, ou pode ser, espaço de transformação da vida social e, por conseguinte, das próprias relações de produção. Ao mesmo tempo em que é modificada pelo mundo da produção, ela também é capaz de modificá-lo. Importa, pois, redimensionar a ação educativa dentro do cenário sócio-político-econômico e do próprio discurso educacional, oportunizando reflexões onde o espaço educacional estabeleça relações concretas com o