A Educação para o trabalho?
A educação confunde suas origens com as origens do próprio homem. O homem quando nasce adapta a natureza as suas necessidades, agindo sobre ela. O ato do homem agir sobre a natureza é denominado trabalho. A vida do homem é determinado pelo modo como ele produz essa existência, pois para o homem existir ele deve estar sempre produzindo a sua própria existência, ou seja, agindo na natureza através do trabalho.
Nos primórdios da sociedade o modo de produção era comum, não havia classes socias, tudo era coletivo. A educação se dava pela relação uns com os outros e com a natureza no próprio processo de trabalho.
Em determinado momento o homem se fixa na terra e surge a propriedade privada e a divisão dos homens em classes, existia a classe ociosa, dona das terras e a classe que vivia do trabalho, mantendo a si e ao seu senhor. Neste período surge a escola, que em grego significa o lugar do ócio, que era voltado para as classes dominantes e para o restante da população a educação era o prórprio trabalho.
Na idade média a forma econômica persiste com o modo de produção feudal. Existiam os dominantes (donos dos feudos) e os dominados, que eram o restante da população, tantos os que viviam no campo como os que viviam na cidade, dependiam do campo e da agricultura, a diferença da antiguidade esta que na idade média o trabalho era servil e não mais escravizado. A educação continua sendo frequentada apenas pela classe do ócio, existiam escolas paroquiais, catedraliticas e monacais, todas com atividades consideradas nobres, para passar o tempo, sem relação com o trabalho, pois o ato de trabalhar era para as camadas mais baixas da população.
No decorrer do tempo o artesanato presente nas cidades se fortaleceu, houve o crescimento da atividade mercantil, do comércio e do processo de troca, originaram as grandes cidades e com elas