Educação e inclusão
O que se percebe nas instituições escolares brasileiras é que predomina a cultura em que se dá prioridade ao comum, à homogeneidade, ao uniforme, que são constituintes do universal. Essa perspectiva cultural se fundamenta com base em valores de uma matriz sociopolítica e epistemológica da era moderna. Nesta ótica, as diferenças são ignoradas ou consideradas um “problema” a resolver (CANDAU, 2011, 240). O contraste que se encontra no ambiente escolar é um público multicultural e diversificado e a esses atores sociais é devida uma educação de inclusão, de reconhecimento e valorização das diferenças. Entretanto, para completar o elenco de atores do processo ensino aprendizagem o docente que estará à frente da sala de aula necessita de conhecimentos específicos sobre como lidar com essa diversidade, com estudantes, às vezes necessitando de atendimento especial e cabem os questionamentos se esses docentes estariam sendo formados para educação inclusiva, quais seriam as competências e habilidades que esses docentes precisariam adquirir em sua formação para realizar uma prática pedagógica que resultasse em aprendizagem efetiva, considerando as individualidades de cada educando.
2 Desenvolvimento
As normas até então em uso para aumentar a inclusão têm se mostrado, a um só tempo regras que denotam normalidade e divisões, que vão incorrer em estruturação de sistemas que tanto excluem quanto incluem (CANDAU, 2011). A seguir faremos uma reflexão sobre a qualidade da formação de docentes voltada para educação inclusiva. Para tal nos basearemos em trabalhos de Vera Lúcia Candau, Ricardo Terra e Claudia Gomes e Lucineide Pinheiro. Os currículos de formação de docentes, por mais completos que procurem ser não consegue abranger todos os conhecimentos que seriam ideais para formar esse profissional. Questionamentos estão presentes na maioria dos estudos que são feitos sobre a formação docente e a prática de ensino também vem sendo objeto de reflexão desde o