Educação romana
A mesma reação de oposição surge contra o atletismo, tão essencial à Paideia. Jamais fazendo parte dos costumes latinos, as competições atléticas só penetram em Roma por volta do século II A.C., sob a forma de espetáculos, e sendo a sua prática reservada a profissionais. Os romanos choca-se com a nudez do atleta e condenam a pederastia, de que o ginásio é o meio natural. Optam assim pelas termas em detrimento do ginásio, que consideram exclusivamente um “jardim de recreio” ou um “parque de cultura”.
O Programa educativo romano privilegia assim uma aprendizagem, sobretudo literária, em detrimento da Ciência, da Educação Musical e do Atletismo.
Porém, é aos romanos que se deve o primeiro sistema de ensino de que há conhecimento: um organismo centralizado que coordena uma série de instituições escolares espalhadas por todas as províncias do Império. O carácter oficial das escolas e a sua estrita dependência relativamente ao estado constituem, não apenas uma diferença acentuada relativamente ao modelo de ensino na Grécia, como também uma novidade importante.
É claro que tal sistema tende a privilegiar uma minoria que, graças aos estudos superiores, ascende àquilo que os romanos consideram ser a vida adulta simultaneamente ativa e digna, ou seja, uma elite, com uma elevada formação literária e retórica.
O que não impede que, entre a imensidão de escravos que os romanos abastados do Império possuíam como resultando das suas conquistas, houvesse a preocupação de lhes fornecer, em particular aos mais jovens, os ensinamentos necessários à prática dos seus serviços. Para tal eram reunidos, nas casas de seus amos, em escolas – as paedagogium – a e entregues a um ou mais pedagogos que lhes inculcavam as boas