Educação romana
Os romanos tinham uma mentalidade prática; procuravam alcançar resultados concretos adaptados os meios aos fins. Enquanto os gregos julgavam e mediam todas as coisas pelo padrão da racionalidade, da harmonia ou da proporção, os romanos julgavam tudo pelo critério da utilidade ou da eficácia. “Por isso os romanos sempre consideraram os gregos como um povo visionário e ineficiente, enquanto os gregos consideravam os romanos como bárbaros sórdidos, com força de caráter e valor militar, mas incapazes de apreciar os aspectos superiores da vida”.
O ideal romano de educação
O ideal romano de educação decorre, principalmente, da concepção de direitos e deveres. O cidadão romano tinha os seguintes direitos:
O direito do pai sobre os filhos (pátria potesta);
O direito do marido sobre a esposa (manus);
O direito do senhor sobre os escravos (potestas dominica);
O direito de um homem livre sobre o outro que a lei lhe dava por contrato ou por condenação jurídica (manus capere);
O direito sobre a propriedade (dominium)
A tais direitos correspondiam os deveres. E para cumprir seus deveres o cidadão romano precisava possuir uma série de aptidões e virtudes. Desenvolver tais aptidões era o papel da educação.
E quais eram essas aptidões e virtudes? As principais eram as seguintes:
A piedade ou a obediência, que incluía tanto na idéia religiosa de reverência como a noção de respeito à autoridade paterna;
A varonilidade ou firmeza, que atualmente chamamos de caráter (constania); era uma virtude muito valorizada entre os romanos;
A bravura ou coragem, que impelia o romano a nunca abandonar voluntariamente uma luta antes de ter vencido;
A prudência, que devia ser utilizada principalmente na direção dos negócios particulares;
A honestidade, que consistia principalmente na perfeita conduta, em todas as relações econômicas;
A seriedade (gravitas), que incluía a sobriedade na conduta, a compostura.
Para o indivíduo, todas essas virtudes estavam