Educação Psicomotora
A educação psicomotora é uma ação pedagógica que utiliza os meios da educação física com o fim de normalizar ou melhorar o comportamento da criança. Ajuriaguerra (1980) define a psicomotricidade como a expressão de um pensamento pelo ato motor preciso, econômico e harmônico. Conforme Fonseca (1995), o perfil psicomotor representa a qualidade da comunicação entre o psíquico e o motor em um determinado momento do desenvolvimento da criança.
Mattos e Neira (2002) chamam a atenção para práticas escolares onde são impostas a crianças de diferentes idades rígidas restrições posturais. Pelo papel que o movimento desempenha à percepção e afetividade, é a impossibilidade de mover-se que pode dificultar o pensamento e a atenção desejadas. A falta de atividade física pode retardar o desenvolvimento motor e dificultará a execução de movimentos mais complexos em atividades futuras. A atividade motora exige envolvimento, concentração, atenção, agilidade de pensamento para operar conceitos e resolver problemas de todos os tipos. A criança se apropria do mundo pelo seu agir sobre o mundo, apodera-se da realidade pela ação (MATTOS E NEIRA, 2002).
Método
Este estudo caracterizou-se como uma pesquisa de campo descritiva. A amostra constitui-se de 33 crianças, sendo 21 meninos e 12 meninas, entre 9 e 13 anos, estudantes da terceira e quarta séries da uma Escola de Ensino Fundamental de São Leopoldo/RS, que funciona em regime de semi-internato e é parceira do PEI. Após o consentimento da diretora, as crianças foram avaliadas em uma sala da própria escola durante o turno e contra-turno escolar. As tarefas foram previamente explicadas às crianças, afim de deixá-las tranqüilas. O Perfil Psicomotor das crianças foi avaliado por meio do protocolo de Bateria Psicomotora (BPM) elaborado por Fonseca (1995), que consiste na mensuração de 7 fatores psicomotores: tonicidade, equilibração, lateralização, noção do corpo, estruturação