Educação no capitalismo
O presente artigo propõe explicar o atual modelo educacional com base no sistema capitalista vigente. Enfatizam-se elementos chaves referentes à política educacional para entender como o professor e o ensino são tratados e produzidos respectivamente, e qual a ideologia empregada a esta política, no sentido de entender para que o sistema necessita de educação e qual a função do professor neste contexto. Desta maneira ensaiam-se debates entre diversos autores que discutiram os aspectos relacionados ao modo de produção capitalista e o que este reflete para educação, a escola como aparelho ideológico e o professor como formador de indivíduos alienados. A partir da compreensão do processo que ocorre na exploração do capital, ou seja, um trabalhador que vende sua força de trabalho para um capitalista – proprietário dos meios de produção – obter a mais-valia, compreende-se que a educação para o povo tem como objetivo principal formar a força de trabalho/mão de obra para esta exploração, desse modo a educação que não é para os colégios de elite que formam os futuros empresários, proprietários dos meios de produção é a condição para que o trabalhador seja explorado e consequentemente dê continuidade ao sistema capitalista. No trecho abaixo se evidencia melhor esse conceito:
“Postula-se, assim, uma estreita ligação entre educação (escola) e trabalho; isto é, considera-se que a educação potencializa o trabalho. Essa perspectiva está presente também nos críticos da “teoria do capital humano”, uma vez que consideram que a educação é funcional ao sistema capitalista, não apenas ideologicamente, mas também economicamente, enquanto qualificadora da mão-de-obra (força de trabalho).” (SAVIANI, 1994, p. 147). Saviani revela-nos a real importância da educação para o sistema atual e ainda retifica que ela importa não só ideologicamente, no sentido de formar ideias nos alunos referentes à reprodução do sistema, e também economicamente,