Educação e a crise do capitalismo real.
A obra “Educação e a crise do capitalismo real” do autor Gaudêncio Frigotto está dividida em quatro capítulos, que são:
I- A educação como campo social de disputa hegemônica.
II- Natureza, especificidade e custos humanos da crise dos anos 1970-1990.
III- O fim da sociedade do trabalho e a não centralidade do trabalho na vida humana.
IV- Educação e formação humana: ajuste neoconservador e alternativa democrática.
Nesses capítulos o autor demarca a concepção de educação como prática social que se define na articulação com os interesses econômicos, políticos e culturais dos grupos ou classes sociais e que acontece não somente na escola, mas em múltiplos espaços da sociedade.
Frigotto, em sua clareza de interpretação, lança mão da teoria marxista como instrumento de leitura da realidade, trata da natureza estrutural da crise do capitalismo e das alternativas político-sociais de enfrentamento, sempre articulando trabalho e educação, e ressalta que o marxismo é a única teoria “capaz de pensar o capitalismo dentro de uma perspectiva histórica e dialética evitando reducionismos.”
O autor discute as teses do “fim da sociedade do trabalho” e do “fim das classes sociais” analisando os trabalhos de Offe , Schaff e Kurz , os quais reforçam a tese do fim da história. Entretanto, Frigotto faz uma crítica às idéias pontuais desses autores, pois acredita que é possível e necessário lutar por um mundo melhor e mais justo, enfatizando que a história ainda não acabou e que não podemos considerar o modo de produção capitalista como sendo o único modo de produção que deverá existir ou que seja o mais desejável para a humanidade, como vemos atualmente nos discursos ideológicos hegemônicos.
I- A educação como campo social de disputa hegemônica
Neste capítulo o autor retoma algumas questões no âmbito das relações entre sociedade, processo produtivo, processo de