Educação no campo
A Educação do Campo é um desafio antigo e constante para o Governo e os movimentos sociais, pois traz consigo inúmeras questões teóricas e práticas. Uma das características específicas da Educação do Campo em relação às outras educações é o envolvimento com as questões de desenvolvimento e do território no qual ela se enraíza.
Mesmo o Brasil sendo um país originalmente agrário, por muito tempo, foi “esquecida” a necessidade da criação de políticas públicas que pudesse estruturar a Educação do Campo.
“As políticas públicas são as ações empreendidas pelo Estado para efetivar as prescrições constitucionais sobre a necessidade da sociedade em âmbito federal, estadual e municipal. São políticas de economia, educação, saúde, meio ambiente, ciência e tecnologia, trabalho etc.(...)” AHLERT, 2003, p.130.
Acreditava-se que as técnicas de cultivo não exigiam dos trabalhadores rurais nenhuma preparação, nem mesmo a alfabetização, tornando as pessoas do campo analfabetas funcionais.
“(...) além dos milhões de analfabetos absolutos, mais de 40 milhões de brasileiros continuam analfabetos funcionais, pois não sabem mais do que desenhar o próprio nome o que, numa sociedade tecnológica, não passa de analfabetismo.(...)” AHLERT, 2003, p.131.
Este quadro começa a se modificar nas primeiras décadas do século XX, quando, para controlar o processo de movimento migratório e elevar o processo de produtividade no campo, se introduz a Educação do Campo na Constituição de 1934:
Art.156. A União, os Estados e os Municípios aplicarão nunca menos de dez por cento e o Distrito Federal nunca menos de vinte por cento da renda resultante dos impostos, na manutenção e no