Educação na comunidade no planejamento familiar
Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem.
Marilda de Almeida Pedroso
Docente do Curso de Graduação em Enfermagem. Orientadora.
RESUMO
O planejamento familiar é um processo dinâmico e contínuo que capacita indivíduos ou grupos da comunidade a refletirem e decidirem o número de filhos, o que pode lhes garantir conforto, bem-estar, educação e um futuro melhor. A maneira como é previsto na Constituição
Federal através do PAISM como parte da atenção integral à saúde da mulher está muito distante de um patamar satisfatório. Através de revisão bibliográfica o presente estudo procurou identificar os métodos contraceptivos mais utilizados pela população e descrever a atuação do enfermeiro como agente promotor das ações educativas no programa planejamento familiar.
Descritores: Planejamento familiar; Educação em saúde; Enfermagem em saúde pública.
Moura MJS, Pedroso MA. Educação da comunidade no plenejamento familiar. Rev Enferm UNISA
2007; 8: 42-6.
INTRODUÇÃO
No século XVII, com o aparecimento do microscópio, ficou comprovada definitivamente a participação do homem na reprodução, pois, até então a mulher era tida como a única responsável pela gravidez. De posse desta informação, surgiram os primeiros ensaios anticoncepcionais, baseados em superstições (orações e amuletos), bebidas e infusões, que são a primeira evidência de planejamento familiar (1).
A primeira clínica de planejamento familiar surgiu na
Holanda em 1882, trinta anos depois, em 1912, Margareth
Sanger enfermeira de Saúde Pública, indignada com o elevado número de abortos em Nova York (EUA), iniciou um movimento denominado “Birth Control” (controle de nascimentos), com a intenção de diminuir a mortalidade materna. Entretanto, a mesma não pôde levar sua idéia em frente, pois o estado a acusara de estar conturbando a ordem pública, tendo assim que se refugiar no Canadá e em seguida na Inglaterra.