EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA REFLEXÃO GERAL
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA REFLEXÃO GERAL
Rosimeiri Merotti Crippa1
Valéria Oliveira de Vasconcelos2
RESUMO: O presente artigo, originado de uma pesquisa de mestrado em Educação concluída em 2012, tem por objetivo trazer à reflexão algumas questões relacionadas com a Educação Inclusiva, partindo de breves considerações sobre o movimento de inclusão no Brasil, sobre a política da inclusão escolar no sistema educacional e alguns limites e possibilidades da escola para atender à diversidade. É importante ressaltar que, durante muitos anos, a Escola Especial foi o único meio de educação formal para alunos com deficiência. Apesar das contribuições desse modelo educativo, ele passou a ser criticado principalmente pela segregação social. A Inclusão surgiu no Brasil, num processo intimamente relacionado aos movimentos de outros países, como uma alternativa pedagógica buscando ampliar a inserção desses alunos na escola, considerando suas diferenças. Apesar de as políticas públicas preconizarem a garantia de acesso escolar e a aceitação da diversidade, com um esforço coletivo na equiparação de oportunidades, a literatura aponta muitas dificuldades para sua implementação na realidade brasileira. Os resultados dessa pesquisa reforçam o pressuposto de que não é suficiente que uma criança com necessidades especiais esteja incluída no ambiente escolar regular para que se configure sua inclusão e se promova seu desenvolvimento.
Para tanto se faz premente que as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos, como consta nas leis, sejam atingidas. O princípio da inclusão representa um grande desafio e demanda mudanças em diversos níveis, desde o diagnóstico dos alunos, a composição e formação de recursos humanos, passando pelos currículos, pela metodologia de ensino, até a participação da família e da comunidade escolar na elaboração do Projeto Político Pedagógico. Vários autores apontam que a inclusão é um processo e,