Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula.
A autora Stella Maris Bortoni-Ricardo é mestra em lingüística pela Universidade de Brasília. Doutora em lingüística pela Universidade de Lancaster. Realizou seu pós-doutorado na Universidade da Pennsylvania nas áreas de Sociolingüística e Etnografia de sala de aula. Atualmente dedica-se em especial à pesquisa e docência na área de letramento e formação de professores, sempre enfatizando a contribuição da Sociolingüística à educação em língua materna ( português) no Brasil
No livro, “Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula”, da autora Stella Maris, seu segundo capitulo trata da diversidade e variação linguística em todo território brasileiro. Tem por objetivo fazer com que alunos e professores compreendam que a variação linguística é uma questão a ser abordada e é preciso que seja aceita por todos. Segundo a autora as crianças começam a sua inserção na sociedade por meio de três ambientes denominados de domínios sociais, que são: a família, os amigos e a escola. Cada ambiente tem a sua influencia na formação sociolinguística da criança, no domínio da família é onde se tem o primeiro contato com a linguagem, onde a oralidade tem maior influencia e é onde a criança fica mais a vontade para se expressar. Já no domínio da escola, segundo Stella, é predominante a cultura de letramento pelo uso mais recorrente da escrita, a utilização de muita formalidade pelo docente causa no aluno um certo receio em se expressar nesse ambiente mesmo sendo perceptível as marcas da variação linguística na oralidade de qualquer elemento social. Quando o professor está mais envolvido na conversação com seu corpo de alunos não há preocupação com o monitoramento da sua fala, é uma fala mais espontânea com marcas de oralidade, porém quando se trata da abordagem do conteúdo a ser passado há uma preocupação maior no monitoramento da fala, nas duas