Edgar Morin cabeça bem feita
A obra de Morin (2005, 11a. edição) trabalha com a ótica da reforma e do pensamento para uma formação contextualizada com a modernidade. Por um lado, Morin (2005) trabalha a ideia de reforma do ensino a partir da sua finalidade e dos problemas e soluções que encontramos e, por sua vez, isso necessita uma reforma do pensamento e das instituições. É importante compreender, ainda, a diferença apontada pelo autor entre ensino (transmissão do conhecimento e cultura) e educação (formação e desenvolvimento humano e auto-didatismo).
O primeiro capítulo (Os desafios) aponta como principal desafio da reforma do ensino e do pensamento a tradição de termos um saber fragmentado e hiperespecializado, que por um lado representa o progresso tecnico-científico e, por outro, gera um uso técnico do conhecimento que (pode) resulta(r) numa regressão da democracia (do conhecimento); ao passo que o novo paradigma do conhecimento exige um saber poli-inter-multi-trans-disciplinar, isto é, um conhecimento que permita a visão global e a complexidade (interrelacional, interdependnte e interativa) do conhecimento.
O segundo capítulo (A cabeça bem-feirta) aborda a inteligência geral por meio da filosofia, da curiosidade e da contextualização. A filosofia é entendida como elemento de questionamento e reflexão; a curiosidade gera a inquietação pelo saber e a contextualização permite compreender as areas interpendentes entre ciência e humanidades e o contexto politico, socioecoonomico, cultural e educacional.
O terceiro capítulo (A condição humana) representa o papel central da filosofia para a discussão da ciência do homem integralmente ligado ao complexo Universo. Nesse sentido, é importante compreender que o conhecimento humano não é separado do universo e torna-se imprescindível responder quem é, onde está, como vive, que relações estabeleceu no processo de (des)enraizamento que um conhecimento novo transforma-se a partir do conhecimento anterior. []