RESENHA: A CABEÇA BEM-FEITA- Edgar Morin
Edgar Morin
Edgar Nahoun nasceu em Paris (França) no dia 8 de julho de 1921. Edgar Morin, como conhecido, é antropólogo, sociólogo e filósofo, graduado em Direito, Economia Política, História e Geografia e é titulado como o Pai da teoria da complexidade. Autor de mais de trinta livros sendo que publicou em 1977, o primeiro livro da série O Método, no qual inicia sua explanação sobre a teoria da complexidade e em 1999, lançou o livro "A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento", obra que expõe a necessidade da reforma do pensamento e consequentemente do ensino. Morin é considerado um dos pensadores mais importantes do século XX e XXI.
- OS DESAFIOS (Capítulo I)
O autor apresenta em sua obra um problema que vem atingindo muitas áreas do conhecimento, principalmente a área da educação. Edgar Morin procura evidenciar os problemas que a hiperespecialização causa e para isso cita a consequente invisibilidade do complexo, das interações e retroações entre as partes e o todo, que é causada pela separação entre os saberes. Ele defende a incorporação dos problemas cotidianos e a interligação dos saberes, criticando o ensino fragmentado. De acordo com o autor, a fragmentação das disciplinas prejudica o compreensão e o aprendizado do “tecido junto”, ou seja, o entendimento do complexo fica comprometido. Edgar não deixa de citar em nenhum momento no primeiro capítulo a importância da interação entre todas as áreas do conhecimento, demonstrando sempre a interdependência entre as partes e o todo. Para reforçar sua tese, o autor volta a Aurelio Peccei e Daisaku Ikeda, questionando o “approach reducionista”, contestando que essa tentativa de simplificação do complexo é uma tentativa frustrada de solucionar um problema, já que essa redução apenas o isola. No entanto vale salientar que o ser humano é reducionista por natureza e, por isso, é preciso esforçar-se para compreender a complexidade e combater a simplificação. Para o