Economia sem segredos
Poderia a corrupção (independente de partido) acabar com a maior promessa de empresa brasileira? A empresa que até ontem era uma das mais valiosas do mundo, poderia ter seu valor e imagem destruídas pela intromissão estatal nelas?
Para responder essas perguntas, vamos ao artigo de hoje:
O caso Enron.
Com uma dívida astronômica de mais de US$ 13 Bilhões, a Enron é talvez o maior caso de fraudes em uma empresa americana, que levou junto milhares de investidores, empresas parceiras e uma das cinco maiores auditorias do mundo, aArthur Andersen.
A Enron começou como uma empresa de energia (elétrica e gás) e depois diversificou seus negócios para a telecomunicação, internet, derivativos climáticos dentre outros, tendo no auge de sua história atingido facilmente um faturamento maior do que 100 Bilhões de dólares.
Com um sucesso arrebatador, muitos investidores individuais queriam surfar na onda de crescimento da empresa e compraram suas ações que com a alta demanda chegou aos US$ 85,00. Mas como tudo que sobe desce, uma fraude gigantesca fez a empresa perder toda a confiança perante o mercado, jogando a ação a meros centavos.
Enron, do céu ao inferno.
Lucros estrondosos, pagamento de dividendos enormes, rentabilidades assustadoras. Não tardou muito para tudo isso chamar a atenção da SEC (a CVMamericana). Com o início das investigações, foi descoberto um rombo enorme nas contas da empresa que, em curtas palavras, reduzia seu valor a pó.
A fraude estava no modo de contabilização que a empresa realizava em seus números. Com uma técnica contábil chamada “markto Market”, a Enron registrava em seus números mensais um valor que deveria ser registrado em contratos de longo prazo, ou seja, ela dizia que estava ganhando hoje uma coisa que ela só receberia depois de muito tempo. O resultado disso é óbvio, números